Uma análise feita por pesquisadores da Johns Hopkins Medicine (EUA) mostrou que crianças com asma e que ingerem uma quantidade maior de salmão ou nozes conseguem reduzir os sintomas da doença respiratória.
O estudo publicado no American Journal of Respiratory e Critical Care Medicine avaliou o comportamento da doença respiratória durante seis meses em crianças que sofrem de asma.
Os ácidos graxos ômega-3 contidos nos peixes e em certas nozes e sementes, são considerados saudáveis, diminuindo parte da inflamação. No entanto, o mesmo estudo mostrou que o consumo excessivo de ácido graxo do tipo ômega 6, encontrado em óleos vegetais (incluindo milho, soja, cártamo e girassol) tem o efeito oposto, contribuindo para inflamação e piorando as crises.
A análise avaliou um total de 135 crianças entre 5 e 12 anos de idade, com asma leve, moderada e severa.
Já era sabido a importância de se manter uma boa proporção entre ômega 3 e ômega 6 na dieta. Ômega 6 tem ação pró inflamatória, estando associado a doenças cardiovasculares, autoimune e inflamatórias como artrite, asma, psoríase e lúpus. Já o ômega 3 é anti-inflamatório e está relacionado a prevenção de hipertensão, aterosclerose, artrites e doenças autoimune e inflamatórias, bem como diversos tipos de câncer.
A dieta ocidental, rica em produtos industrializados, queijos, frituras e podre em verduras, legumes, peixes e frutas contribui para uma relação ômega 6: ômega 3 de 20/1, quando o recomendado pela OMS é de 5/1.
Essas evidências mostram a importância de uma dieta mais balanceada:
- Aumento do consumo de peixes marinhos como salmão, atum, arenque e cavala no mínimo 3x semana.
- Inserir linhaça no dia a dia.
- Reduzir o consumo de óleo vegetal (milho, girassol, soja etc), com atenção especial para frituras.
- Aumentar o consumo de alimentos não processados como grãos, frutas, verduras e legumes